segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

AMOR DE SI

Será que boa parte das pessoas possuem amor próprio?
O que significa essa procura de forma indiscriminada do homem e da mulher por coisas e pessoas para se sentirem preenchidas? Não é falta de amor de si. Será que a alegria, a satisfação não estão dentro de nós?
Santo Agostinho já dizia que ele procurava fora dele, a felicidade, mas na verdade não estava fora, mas sim dentro dele.
Muitas vezes não sabemos o tamanho do nosso potencial. E por isso vivemos correndo atrás de migalhas de afeto e prazer naquilo que não edifica e nem preenche.
A sociedade em que vivemos está repleta de prazeres sugestivos mas que não é capaz de preencher o coração humano e muito menos a alma. Esta insatisfação tem gerado pessoas fracas, sem temperança, sem personalidade.
Por isso muitos tomam antidepressivos, drogas, e toda espécie de fuga da realidade. Muitos não pensam nas conseqüências de seus atos porque não cuidam de si, pois se cuidassem, saberia o quanto de mal estão fazendo a si mesmo. Assim levam a vida do jeito que pode, sem objetivo e sem um direcionamento para a própria vida.
É preciso saber onde nós estamos pisando, pois cada passo tem sua marca.
Quando nos falta amor próprio falta-nos também discernimento e sabedoria para conduzir a vida.
Temos que reconhecer nossos defeitos e qualidades. Desta forma podemos nortear a nossa vida. Precisamos reconhecer que temos limites, mas que não significa dizer que somos “mutilados”. Temos também virtudes. Temos dons. Temos talentos.
Não devemos achar que não iremos ter tropeços, mas não adianta também ficar nos erros se martirizando. É preciso erguer-se, levantar a cabeça e continuar o caminho.
E a melhor maneira de amar a si mesmo é amar o próximo. E isso só é possível com atitudes e não só com palavras. Quanto mais ajudamos, mais nos sentimos úteis, o que nos leva a um auto-estima bem elevada.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

TRANSPLANTE DE ORGÃOS: IGREJA CATÓLICA É CONTRA OU FAVOR?

Após o homicídio de Eluá sua própria família doou alguns de seus órgãos a pacientes que esperavam já algum tempo pela cirurgia de transplante. Então muitos se perguntavam qual é a posição da Igreja com relação a doação de órgãos. Ela é contra ou a favor?
Segundo o Papa Bento XVI, o transplante de órgãos é um ato de amor seja em vida ou em morte. Bento XVI, anos antes de se tornar papa já andava com sua carteirinha, já disposto a doar seus órgãos caso alguém precisasse. Ele já foi até membro de uma organização de doação de órgãos. Mas o papa nos diz que os transplantes não podem converter-se em objeto de mercado. Infelizmente existe tráfico até de órgãos e que inclusive crianças são afetadas por tal maldade. De acordo com o catecismo da Igreja Católica “o transplante de órgãos é conforme à lei moral se os riscos e os danos físicos e psíquicos a que se expõe o doador são proporcionais ao bem que se busca para o destinatário. A doação de órgãos após a morte é um ato nobre e meritório e merece ser encorajado como manifestação de generosa solidariedade”(CIC 2296).
Então a Igreja é a favor e até incentiva a doação de órgãos mas condena todo tipo de abuso em relação aos transplantes. A Igreja como promotora da vida e vida em abundância deseja que seus filhos sejam todos beneficiados desde de que não provoque o mal de nenhum. O transplante de órgãos é uma forma concreta da caridade cristã e que difunde a beleza da solidariedade entre as pessoas. Bento XVI até diz que “será necessário superar preconceitos e mal-entendidos, dissipar desconfiança e medos para substituir por certezas e garantias, permitindo que cresça em todos a consciência cada vez mais difundida do grande dom da vida.”O papa tratou deste tema bastante relevante ao receber um grupo formado por médicos e especialistas em bioética, convocados pela Academia Pontifícia para a Vida.
A Igreja Católica também nos alerta que “é moralmente inadmissível provocar diretamente mutilação que venha a tornar alguém inválido ou provocar diretamente a morte, mesmo que seja para retardar a morte de outras pessoas”(CIC 2296). Como o próprio mestre Jesus Cristo nos diz “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”. Sejamos portanto defensores e promotores da vida como Ele mesmo nos ensinou.